Após chamar a polícia por uma ocorrência em que ele era a vítima, em São Paulo, César de Carvalho foi segurado pelo pescoço por policiais e agredido com spray de pimenta nos olhos.
Nos Estados Unidos, Frank Tyson foi atirado ao chão de uma lanchonete por policiais que o algemaram e pisaram no seu pescoço e costas. Tyson, foi morto por asfixia.
O que eles tinham em comum? Eram negros e clamavam: não consigo respirar.
Cada vez mais os trabalhadores no capitalismo, sobretudo os negros, não conseguem respirar com tamanha brutalidade e barbaridade causada pelas péssimas condições de vida impostas por essa sociedade e pela polícia racista que, todos os dias, incrimina e mata pela cor da pele.
O que faz essas corporações torturar e matar trabalhadores negros em plena luz do dia é a certeza de que sairão ilesos, pois defendem a propriedade privada e os interesses de uma classe social parasita que representa este sistema. Para a polícia, basta ser negro para ser criminoso.
O racismo, ideologia utilizada pela burguesia para dividir os trabalhadores e explorar ainda mais os negros, os transformam em pessoas de segunda ordem em que a vida quase não vale, por isso são jogados nas piores condições de vida, e por isso está autorizado qualquer tipo de violência contra eles. O racismo impera nas corporações policiais e na Justiça burguesa.
Ao mesmo tempo, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho que dirigia um Porsche em alta velocidade, após sair de uma festa open bar, causou um acidente que matou um trabalhador de aplicativo, e sequer precisou fazer o teste do bafômetro, sendo liberado pela polícia, tranquilamente. A Polícia Civil emitiu três pedidos, mas a justiça ainda só decretou a prisão do empresário no dia 6 de maio. Esse caso escancara de que lado está a polícia, no Brasil ou em outros países, ou seja, do lado da classe que explora e os trabalhadores.
Por isso, exigimos o fim das polícias. Elas só existem para serem as seguranças da burguesia reprimindo e oprimindo os trabalhadores e juventude, seja nas greves, seja em manifestações, matando nas periferias, defendendo o interesse dos grandes empresários no país.
Chamamos a todos a se revoltar e se indignar com tantas mortes causadas por este sistema de barbáries. A morte de George Floyd em 2020 e de Frank Tyson agora em 2024, assim como as outras centenas no Brasil, não podem ser em vão. Só a luta pela derrubada do capitalismo e pela instauração de uma sociedade socialista que poderá nos ofertar uma vida digna, sem medo, sem exploração.
Chamamos a todos para conhecer e o MNS e se juntar nesse combate!
- Ser negro não é crime!
- Combater o racismo e o capitalismo!