Um ano após o processo eleitoral de 2014, as promessas de campanha difundidas através de valiosíssimas peças publicitárias se desmancham. Resta uma amarga política de cortes e ajustes que é aplicada contra a classe trabalhadora por todos os governos eleitos.
Um ano após o processo eleitoral de 2014, as promessas de campanha difundidas através de valiosíssimas peças publicitárias se desmancham. Resta uma amarga política de cortes e ajustes que é aplicada contra a classe trabalhadora por todos os governos eleitos.
Dos 26 estados mais Distrito Federal, “15 atrasaram salário de servidores ou terceirizados, sendo que 13 apresentaram um pacote de ajuste fiscal para aumentar as receitas”.
No Paraná, o governador Beto Richa (PSDB) bateu o recorde aplicando quatro pacotes de ajustes. Entre as medidas adotadas encontram-se o saque de R$ 8 bilhões da previdência dos servidores, demissão de 39 mil professores contratados temporariamente, fim de programas e projetos educacionais, aumento em 40% do IPVA, aumento do ICMS sobre produtos de consumo popular, sem falar no aumento de mais de 20% da energia elétrica e do consumo de água.
No Rio Grande do Sul, o governador Sartori (PMDB) não apenas atrasou como parcelou o pagamento do salário dos servidores públicos do estado.
No DF, o governador Rodrigo Rollemberg suspendeu o reajuste dos servidores em 2015, que já havia sido escalonado desde 2013, aumentou a tarifa de ônibus e metrô, o valor da refeição no restaurante comunitário e o IPTU, além de propor um plano de demissão voluntária nas empresas públicas.
Resistência
Os servidores públicos e demais trabalhadores não engoliram fácil as amargas medidas de ajuste aplicadas pelos governos. Segundo o mesmo jornal, governos de “25 estados enfrentaram greve” de servidores públicos esse ano.
Esse movimento acompanha o aumento geral do número de greves em nosso país que atinge patamares significativos em todas as categorias de trabalhadores. Além disso, muitas dessas greves ganharam características de ação de massa, ou seja, não ficaram restritas às pautas econômicas, mas agiram contra os governos e suas instituições promovendo manifestações de rua e ocupação de prédios públicos.
Para derrotar os ajustes do governo federal e dos governos estaduais e municipais, é imprescindível a luta unificada do conjunto dos trabalhadores contra os ataques.