Na madrugada da última sexta-feira (8/4) a sede do Partido dos Trabalhadores em Joinville, Santa Catarina, foi alvo de uma ação criminosa, terrorista e fascista. Esse é mais um dos ataques que vêm acontecendo por todo o país. Há menos de dois meses um episódio parecido ocorreu no diretório estadual do PT de Florianópolis.
Na madrugada da última sexta-feira (8/4) a sede do Partido dos Trabalhadores em Joinville, Santa Catarina, foi alvo de uma ação criminosa, terrorista e fascista. Esse é mais um dos ataques que vêm acontecendo por todo o país. Há menos de dois meses um episódio parecido ocorreu no diretório estadual do PT de Florianópolis.
Como militante marxista e vereador do PSOL, não posso me furtar de tomar uma posição contundente contra o que ocorreu. O governo e a direção majoritária do PT merecem sérias críticas por sua traição de classe, mas apenas ao movimento operário é reservado esse direito. Atacar a sede desse partido na calada da noite não tem nada a ver com discordância política. Nem é um ato isolado. É uma investida contra o direito de livre organização neste país.
Ataques como esse, de caráter fascista, têm sido recorrentes nos últimos meses, sejam em sedes do PT em outras cidades ou de organizações como a UNE. Associamos à mesma prática nefasta os ataques racistas contra as atrizes Sheron Menezzes, Taís Araújo, Cris Vianna e, principalmente, aos Josés, Amarildos e Marias que diariamente sofrem com o racismo.
Para a Esquerda Marxista, os grupos anônimos e que agem na escuridão atacando sedes da CUT, da UNE e diretórios do PT são ultraminoritários e impotentes. “São desesperados, cuja força e coragem só permite agir na escuridão” (leia nossa nota completa: http://goo.gl/5Ggqip).
O direito à livre organização da juventude e dos trabalhadores foi conseguido com o sangue de milhões, ao longo de séculos, em todo o mundo. Nós, que estamos na luta diária por moradia, passe estudantil e emprego, sabemos o quão importante são nossas organizações. Não admitiremos que esses grupos covardes levantem-se.
Não aceitaremos ainda a seletividade dos aparatos do Estado, que omitem-se quando ocorrem atos terroristas realizados por grupos minoritários de extrema-direita, mas prontificam-se rapidamente em criminalizar os movimentos sociais. Exigimos das autoridades policiais e do Ministério Público uma investigação séria sobre esses atos. Questionamos: até o momento alguma dessas ações de violência, ódio, racismo, magnicídio e todos os tipos de crime contra o direito democrático foram investigados? Não. Nenhum grupo foi indiciado e a impunidade prevalece, estimulando ainda mais essas ações covardes.
Não temos ilusões nas instituições desse “Estado de Direito”. Por isso, chamamos todas as organizações, partidos de esquerda, sindicatos e movimentos sociais de Joinville a se unirem para dizer a estes covardes que não há espaço para o fascismo em nossos dias. Este tipo de terror não intimida ou amedronta o movimento operário e popular.
Aos fascistas e racistas covardes, que se escondem na escuridão da noite e nas redes sociais, atrás de fardas ultrapassadas da ditadura militar e de “fakes”, dizemos: estamos com os operários e jovens, com os lutadores sociais, esperando que saiam à luz do dia. Se isso ocorrer, nós os encontraremos, junto com as organizações sociais, para “discutir” o fascismo publicamente.
O mandato do vereador Adilson Mariano e a Esquerda Marxista são solidários com o Partido dos Trabalhadores, por sua sede depredada.