Os servidores municipais de Joinville entraram em greve nesta segunda-feira (13/5) com mais um bonito ato em frente à prefeitura. A categoria pede a reposição da inflação, 7,17%, mais 5% de aumento real. O prefeito Udo Döhler (PMDB) oferece apenas 5,5%, sendo 4% em maio e 1,5 em novembro. Além disso, o Executivo ignora 33 itens da Pauta de Reivindicações, incluindo o reajuste do vale-alimentação (que atualmente é de R$ 162 e apenas para quem recebe até R$ 2 mil).
A tarde do primeiro dia de paralisação, que contou com adesão de cerca 2,5 mil servidores, foi de esforço para engrossar ainda mais o movimento. Comandos de greve percorreram os locais de trabalho convencendo mais servidores a cruzarem os braços. Amanhã este trabalho continua e na quarta-feira ocorre uma nova manifestação, às 9 horas.
No ato de hoje, os dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos dos Municípios de Joinville, Garuva e Itapoá (Sinsej), que em sua maioria são membros da Esquerda Marxista (EM), lembraram que o valor oferecido pela prefeitura aumenta ainda mais a perda salarial acumulada pela categoria. De acordo o Dieese, o salário dos servidores de Joinville desvalorizou aproximadamente 45% nos últimos 18 anos. O vereador Adilson Mariano (PT), que também pertence à EM, declarou apoio à luta dos trabalhadores. “O sucesso desta greve esta nas mãos de vocês, depende da força da mobilização”, disse, referindo-se a importância dos comandos de greve.