Na última Assembleia da categoria, ocorrida no dia 10 de abril na Praça Patriarca, 60% da rede estava totalmente paralisada, além das escolas paralisadas parcialmente. A grande adesão demonstra o quanto nós, trabalhadores da educação estamos insatisfeitos com a crescente precarização de nossa condição e, principalmente, o quanto estamos dispostos a ir à luta.
Nesse dia, a grande maioria não arredou o pé da defesa da continuidade da greve, disposta a não voltar às salas de aulas até que o governo apresentasse uma proposta concreta para nossas reivindicações. Estávamos e estamos conscientes de que somente a mobilização arrancará conquistas! Diante de mais de 5 mil profissionais da educação municipal, Claudio Fonseca, presidente do SINPEEM, novamente veio com o discurso do governo, ameaças e propostas que em nada mudariam a situação dos trabalhadores da educação. Foi uma manipulação inaceitável! Está claro que Claudio (que também é vereador pelo PPS, partido aliado do governo) age como um agente de Kassab na direção do sindicato, e não representa os interesses da categoria.
Nesse dia, a grande maioria não arredou o pé da defesa da continuidade da greve, disposta a não voltar às salas de aulas até que o governo apresentasse uma proposta concreta para nossas reivindicações. Estávamos e estamos conscientes de que somente a mobilização arrancará conquistas! Diante de mais de 5 mil profissionais da educação municipal, Claudio Fonseca, presidente do SINPEEM, novamente veio com o discurso do governo, ameaças e propostas que em nada mudariam a situação dos trabalhadores da educação. Foi uma manipulação inaceitável! Está claro que Claudio (que também é vereador pelo PPS, partido aliado do governo) age como um agente de Kassab na direção do sindicato, e não representa os interesses da categoria.
Tanto ele quanto alguns membros da oposição ligados à Intersindical defenderam a suspensão da greve, mas a esmagadora maioria dos trabalhadores estava pela continuidade. Entretanto, numa prova de absoluto autoritarismo, Cláudio Fonseca deu seu desesperado golpe final: simplesmente anunciou que a sua proposta e de parte da oposição havia sido a vitoriosa e encerrou a assembleia, contrariando a decisão da maioria dos trabalhadores, passando como um rolo compressor por cima de nossos direitos! Mais de três mil profissionais da educação permaneceram na Praça Patriarca gritando: Votação! Votação! Votação! Dirigiram-se aos diretores da oposição aos gritos de: Cadê a oposição? Cadê a oposição? Cadê a oposição? A oposição havia sumido e deixado a base entregue à sua própria sorte. Um legítimo sentimento de revolta impulsionou a maioria à resistência.
Não podíamos aceitar aquele golpe e traição! Espontaneamente, uma multidão de trabalhadores foi para cima do carro de som onde estava Claudio Fonseca para impedi-lo de se retirar do local. Uma estupenda reação das bases tentando defender seus direitos! Claudio Fonseca ficou por mais de duas horas preso no caminhão e só conseguiu se safar com a ajuda da tropa de choque policial a mando de seu amigo Kassab. Intervenção policial para salvá-lo da força dos trabalhadores unidos em luta!
A atitude da direção do sindicato é uma inaceitável traição. Mas nós, trabalhadores da educação, precisamos ter em mente que o sindicato não é a sua direção: o Sindicato somos nós! A direção deve ser apenas a expressão de nossas necessidades e a ponta de lança de nossa organização. Ela deve estar a serviço dos trabalhadores, e não o contrário!
Por um Conselho que coloque o Sindicato nas mãos da categoria
Por isso, a eleição do Conselho Geral será decisiva. Ele deve ser tomado pela base, elegendo os lutadores e lutadoras que respeitam a vontade da maioria. O Conselho deve ter como objetivo principal de seu programa a construção de uma nova direção para assumir o leme do Sindicato. Basta de traições! Por uma direção de luta! Por uma direção que esteja ao lado dos trabalhadores da educação!
Voltamos às salas de aula conscientes de que, por nossa vontade, a greve teria continuado, mas aprendemos a confiar em nossas próprias forças: sabemos agora que se nos organizarmos podemos tomar o que é nosso por direito: o Sindicato! Ele é nosso instrumento legítimo de luta e através da nossa mobilização organizada arrancaremos cada vez mais direitos do governo de Gilberto Kassab, que cada vez mais privatiza e sucateia a educação e precariza as nossas condições de trabalho! Basta!
Todos devemos participar da votação do Conselho para continuar a luta pelas reivindicações e por uma direção que fortaleça sua relação com a Central Única dos Trabalhadores, para seguir lutando por nossos direitos! Por uma CUT que respeite a vontade soberana dos trabalhadores, em oposição aos governos dos patrões e por um legítimo governo dos trabalhadores. Queremos uma CUT que lute de maneira independente, contra a burguesia e seus governos, por uma sociedade sem explorados e sem exploradores, base real de construção da verdadeira democracia, o socialismo!
Por um Conselho combativo e representante da maioria!
Nenhuma trégua a Kassab! Nenhuma concessão a Claudio Fonseca!
O Sindicato Somos nós! Vamos tomá-lo em nossas mãos!
Chamamos a votarem em Cristiane Paula Sacconi (RE Emef Gabriel Prestes – Pirituba) candidata ao Conselho Geral – nº 412 – eleição dia 16 de abril. Militante da Corrente Sindical Esquerda Marxista, por uma CUT independente, democrática e de luta! São Paulo, 15 de abril de 2012. Lutar para tomar o Sindicato!