Companheiros ferroviários, no dia de hoje (27/07/2020) foi aprovada em assembleia a greve dos metroviários para o dia 28/07 por tempo indeterminado. A greve é consequência de uma série de ataques que os metroviários têm recebido durante a pandemia e é um instrumento legítimo da categoria na luta pelos seus direitos. Mas não se enganem! Por mais legítima que seja a greve, o mais provável é que a justiça burguesa declare a greve ilegal e a categoria passe a sofrer pressões de todos os lados para que sua mobilização seja enfraquecida e o movimento derrotado. Em meio à crise, o sistema capitalista exige que os trabalhadores paguem o preço não apenas em vidas das vítimas da Covid-19, mas também com direitos e conquista dos que sobrevivem. Não existe saída nesse sistema que não envolva sacrifícios enormes da classe trabalhadora. Os mesmos desafios que se apresentam à categoria dos metroviários apresentam-se aos ferroviários e demais trabalhadores do Brasil e do mundo.
Unidade para a Vitória
Desde 2019, com o início do processo de privatização, a categoria dos ferroviários tem recebido uma enxurrada de ataques. Passamos de uma ameaça que paira sobre os ferroviários das linhas 8 e 9, para uma situação de trabalho, durante a pandemia, que já cobrou a vida de no mínimo 10 ferroviários, pelo que sabemos até agora, o sequestro de férias, do adicional de férias e depósito do FGTS, tudo apoiado na MP 927 de Bolsonaro. Até o presente momento, cláusulas do nosso – já muito limitado – acordo coletivo de trabalho ACT podem não ser cumpridas. Não existe saída individual dentro desse sistema, é imperativo que os ferroviários lancem sua própria greve e passem com isso a apoiar e se apoiar na luta dos metroviários. A greve geral de 13 de junho de 2019 foi um exemplo claro: quando as direções sindicais dos ferroviários recuaram diante da greve geral, não apenas os metroviários tiveram que aguentar todo o peso da repressão, como abriu a porta para uma sequência de derrotas da categoria dos ferroviários, e apesar do que defendiam os apóstolos da capitulação, a categoria se encontra hoje em situação muito pior do que antes da greve, não pela sua participação, mas pelo seu recuo.
O único método testado e aprovado pela história é o de unidade de classe, apoiar as demais categorias da classe trabalhadora não apenas em palavras, mas com atos, lançar a nossa própria greve de apoio à luta dos metroviários em defesa de nossos direitos, contra a privatização das linhas 8 e 9 e pela reintegração imediata do companheiro Lucas Dametto, maquinista da Linha 13 demitido por coordenar o Comitê de Luta Contra a Privatização da CPTM.
- Todo apoio à luta dos metroviários!
- Greve dos ferroviários!
- Nenhum direito a menos!
- Contra a privatização!
- Pela reintegração do companheiro Lucas Dametto!