Foto: Aline Seitenfus

Trabalhadoras se identificam nas pautas do Movimento Mulheres pelo Socialismo

Ao som de Milton Nascimento cantando que “Maria é uma mulher que merece viver e amar como outra qualquer no planeta”, a primeira atividade ao ar livre em espaço público em Joinville do movimento Mulheres pelo Socialismo ocorreu na Praça da Bandeira, na última quinta-feira (17/5). Militantes e simpatizantes do movimento montaram uma tenda com a exposição de um conjunto de informações históricas e atuais sobre o Direito à Creche. A exposição ainda enfatizava a relação direta dos efeitos do não cumprimento desse direito pelo Estado e a dificuldade da independência da mulher trabalhadora. Além da exposição foi realizada uma panfletagem e coleta de assinaturas para um abaixo-assinado pela finalização da construção de centros de educação infantil na cidade e pelo atendimento de toda a demanda do município.

Em Joinville há uma lista de espera de mais de seis mil crianças que aguardam uma vaga em período parcial e o que acontece no município se replica Brasil a fora comprometendo diretamente o desenvolvimento da vida da mulher que cuida da criança.

Foram inúmeras as manifestações de apoio das mães, avós, pais e jovens que estiveram na tenda e relataram as dificuldades de organizar a vida familiar depois da chegada da criança, especialmente pela falta de creche. Ainda é sobre a mulher que recai a maior responsabilidade com o cuidado das crianças. Os efeitos mais conhecidos dessa sobrecarga são jornada de trabalho duplicada, abandono dos estudos, salários insuficientes, abandono de vida social e política e o desenvolvimento de inúmeras patologias, entre elas a depressão.

Com essa atividade as consignas do movimento ganharam uma publicidade que ainda não haviam obtido. Se há algo que aproxima as mães da classe trabalhadora umas das outras são as questões que tocam à maternidade. Portanto, o direito à creche, licença maternidade por 18 meses, parto humanizado e o direito ao aborto, são temas que por sua sensibilidade muito facilmente conduzem a mulher a uma reflexão sobre trabalho igual, salário igual, redução de jornada de trabalho sem redução de salário e pela libertação da dupla jornada de trabalho, entre tantas outras questões. O resultado tanto da propaganda quanto da agitação realizada nessa atividade expressa o estado de ânimo de parte da classe trabalhadora e escancara uma avenida de construção para o movimento.

A atividade nos mostrou que o movimento está no caminho certo e dialeticamente ganha ânimo na medida em que envolve as militantes e trabalhadoras a se organizarem pela luta por suas reivindicações, que se garantidas conduzirão à emancipação de toda classe trabalhadora. O movimento Mulheres pelo Socialismo combate o machismo, o racismo, a homofobia e todas as formas de exploração de uma classe sobre a outra, junte-se a nós.

Participe das nossas próximas atividades:

O que: “A luta pela emancipação da mulher, o direito à educação infantil pública e as condições de trabalho”

Quando:  06/06 às 19:00h

Onde: SINSEJ – Rua Lages 84

O que:“Trabalho igual, salário igual”

Quando: 16/06 às 15:00h

Onde:  SINSEJ – Rua Lages 84

Fale conosco pelo e-mail: contatomulherespelosocialismo@gmail.com