Nos dias 25 e 26 de fevereiro, os servidores de Joinville, Garuva e Itapoá escolheram a próxima gestão do Sinsej, que dirigirá a entidade de 2016 a 2019. A Chapa 1 – Unidade, Organização e Luta foi eleita por 2.247 servidores, o que representa 66% dos votos válidos. Sua política e grande parte da direção são da Esquerda Marxista.
Nos dias 25 e 26 de fevereiro, os servidores de Joinville, Garuva e Itapoá escolheram a próxima gestão do Sinsej, que dirigirá a entidade de 2016 a 2019. A Chapa 1 – Unidade, Organização e Luta foi eleita por 2.247 servidores, o que representa 66% dos votos válidos. Sua política e grande parte da direção são da Esquerda Marxista. A Chapa 2 – Giro Sindical, fez 1.084 votos, o que significa 32%. Visivelmente, ela teve o apoio de chefias e do Poder Executivo, defendeu a conciliação de classes e baseou sua campanha em ataques aos métodos de luta da classe trabalhadora. Ao todo, 3.409 trabalhadores sindicalizados depositaram sua opção nas urnas.
Esta foi uma demonstração clara da linha política escolhida pelos servidores para o seu sindicato. Em um momento de fortes ataques dos governos e patrões aos trabalhadores, o programa escolhido para o Sinsej é de combate, de quem não aceita pagar pela crise criada pelos ricos do mundo. Joinville, Garuva e Itapoá já estão em campanha salarial. De todas as prefeituras já ressoam negativas às pautas. A atual e a próxima gestão do Sinsej convidam os trabalhadores a se organizar, engajando-se nas mobilizações, entrando em greve, se necessário for.
Ataques aos trabalhadores
Em Joinville, Udo Döhler tem cortado direitos dos servidores de carreira sem demitir nem ao menos um cargo comissionado ou mexer em um privilégio de seus cabos eleitorais. Congelou a licença-prêmio e não recompensou quem trabalhou durante o recesso. Em todas as unidades de saúde, incluindo o Hospital São José, faltam medicamentos, agentes comunitários de saúde estão sem protetor solar e repelente, servidores de obras não recebem uniformes. Com a inflação chegando a 12%, Döhler declarou pela imprensa que o reajuste será zero.
Em Garuva, o prefeito ignora a organização sindical dos servidores. É preciso fazê-lo ouvir os trabalhadores com luta. Em Itapoá, a reformulação do Plano de Carreira, prometida ano passado, ainda não foi enviada à Câmara de Vereadores. É preciso cobrar.
No Brasil, a crise segue se aprofundando. Cresce o desemprego e a inflação. Comprometido com o pagamento da dívida interna e externa, o governo Dilma corta R$ 30 bilhões do orçamento de 2016. É previsível que esses valores sairão da saúde, educação, moradia… Ao mesmo tempo, o governo prepara uma nova reforma da Previdência para instituir a idade mínima de 65 anos para aposentadoria, fim da diferenciação de idade de aposentadoria de homens e mulheres, entre outras questões.
Estes são grandes ataques à classe trabalhadora. Os servidores da base do Sinsej também sabem que é preciso unidade com outras categorias para enfrentá-los. Sem se furtar de denunciar que existem muitos problemas na direção da CUT, a chapa vencedora nas eleições defende o combate no interior da central contra a política de sua direção. Com o resultado da eleição, a categoria aprova esse posicionamento.
A Chapa 1, composta pela atual direção do Sinsej e por novos companheiros, agradece todos os votos e dedica essa vitória a Francisco Lessa, que dedicou-se ao Sinsej até seu último dia. Há exato um ano esse brilhante camarada da EM partia prematuramente, deixando um vácuo na luta de classes.
Os servidores de Joinville, Garuva e Itapoá continuarão unidos, organizados e lutando pela melhoria das condições de vida de cada trabalhador, pela construção de uma nova sociedade, socialista.
Companheiros, assistam a uma parte do discurso de Ulrich após a vitória da Chapa 1. Dedicamos essa conquista a todos os apoiadores e servidores de luta da nossa categoria.Não poderíamos deixar também de lembrar do camarada Chico Lessa, que há exato um ano nos deixava prematuramente. Esse grande advogado dos trabalhadores ajudou a retomar o Sinsej para a luta. Chico Lessa, presente!
Publicado por Chapa1 – Sinsej em Sexta, 26 de fevereiro de 2016