Teoria

30 anos depois: relembrando a cumplicidade do imperialismo francês no genocídio de Ruanda

Há três décadas, entre abril e julho de 1994, o governo de Ruanda organizou o extermínio de quase 1 milhão de pessoas pertencentes ao grupo étnico tutsi. Esse genocídio foi auxiliado e incentivado pelo governo francês, que financiou e armou os responsáveis, muitas vezes referidos como génocidaires. Mas, ainda hoje, a classe dominante francesa não reconheceu de forma plena e aberta sua responsabilidade por um dos crimes mais monstruosos do imperialismo francês.

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Lênin e a defesa da filosofia marxista

Em maio de 1909, foi publicado o livro "Materialismo e Empiriocriticismo". Nessa obra, Lênin criticou um conjunto de escritores influentes no movimento operário russo cujas ideias filosóficas renegavam o materialismo histórico-dialético. Estes escritores, entre os quais estavam Alexander Aleksandrovich Bogdanov e Viktor Mikhailovich Chernov, pareciam sentir o impacto político diante das dificuldades criadas pela derrota da revolução de 1905. Nesse período de refluxo do movimento revolucionário, a reação czarista, além da repressão desencadeada contra o movimento operário, passou à ofensiva também no terreno ideológico, difundido em larga escala manifestações de individualismo e misticismo.

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São Paulo deve ser destruída

Livro de Moacir Assunção conta a história da maior guerra urbana da América Latina travada há 100 anos pelo governo Arthur Bernardes contra os tenentes revoltosos e, particularmente, contra os operários de São Paulo.

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A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana e as origens do tenentismo

Há 102 anos explodiu a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana. Às vésperas do 1º Centenário da Independência, ecoa o grito de ódio vindo das casernas contra a República Velha. Essa foi a primeira das revoltas tenentistas, que expressaram as divisões de classe dentro das forças armadas e abriram uma situação revolucionária no país, ao passo que impuseram aos últimos mandatários do regime o estado de sítio quase permanente.

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Negritude: uma herança romântica da esquerda identitária

Não há dúvidas de que o combate ao racismo é um eixo central para toda a esquerda, mas todo combate ao racismo que não combate ao mesmo tempo o racialismo, reduz-se à um trabalho de Sísifo. A ideia reacionária de que a humanidade é dividida em raças, o racialismo, foi a base para o racismo, a justificativa pseudo científica para o colonialismo, mas que hoje está, de modo reformulado, na boca e na produção de diversos ativistas de esquerda, precisa ser combatida se de fato almejamos a emancipação de pretos, mestiços e indígenas, e a construção de uma sociedade comunista.

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Marxismo versus libertarianismo

No momento em que escrevo, a economia global encontra-se nas garras do caos e da crise – o resultado de um coquetel incendiário de oscilações voláteis na demanda, de anos de subinvestimento crônico e de gargalos induzidos por pandemias na produção e distribuição. Alguns especialistas estão prevendo que levará anos até que os atrasos sejam resolvidos, a escassez de mão de obra seja preenchida e os preços se estabilizem. Enquanto isso, as famílias comuns enfrentam escassez de necessidades básicas, como alimentos e combustível, e a renda familiar real está sendo corroída pela inflação desenfreada.

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Lênin em um ano: O Desenvolvimento do Capitalismo na Rússia (1899)

Em dezembro de 1895, Lênin ajudou a fundar o grupo marxista de São Petersburgo, a Liga de Luta pela Emancipação da Classe Operária. Mas, assim que estava prestes a imprimir o primeiro número de seu jornal, Lênin e outras figuras proeminentes foram presos pela polícia secreta czarista. Mas a atividade política de Lênin não diminuiu quando ele foi preso e posteriormente exilado para Shushenskoye, na Sibéria. Na verdade, foi durante esse período que Lênin produziu "O Desenvolvimento do Capitalismo na Rússia", uma análise científica afiada dos processos econômicos que estavam minando a antiga e venerável ordem social no país, preparando eventos revolucionários.

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Marxismo versus pós-modernismo

O pós-modernismo é uma escola de pensamento filosófica amorfa que ganhou destaque no período pós-guerra. Começando como uma tendência marginal, desde então cresceu e se tornou uma das escolas dominantes da filosofia burguesa, permeando grandes partes, senão a maioria, da academia hoje. Aqui publicamos o primeiro de uma série de artigos que analisam diferentes aspectos do pós-modernismo a partir de uma perspectiva marxista.

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Lições de Abril

Em 1974, Portugal vivia sob o jugo de uma ditadura e era um país pobre, isolado e em guerra. Sete grupos econômicos controlavam a economia do país. Cansados da guerra e temendo vir a ser responsabilizados pela derrota, os Capitães (cerca de 300 militares) impulsionados por uma questão reivindicativa, evoluíram muito rapidamente para a oposição e conspiração contra a guerra e o regime. Que tudo se tenha passado numa questão de meses foi fruto do apodrecimento do regime. 

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